Olho para estas minhas mãos pequenas;
a avó pegava nelas e dizia,
que mãos tão pequeninas, à vista das minhas grandes manápulas...
São estas mãos já gastas
de sempre escrever o mesmo,
de sempre desenhar o mesmo,
de sempre pintar o mesmo !
Mãos! Ó mãos , para que vos quero?
Sempre a desenhar o mesmo círculo,
na infindável espiral do Sonho!
Cala-te poeta !
Que as tuas mãos são loucas!
As tuas palavras, roucas !
9 comentários:
Olá, vizinha concelhia! É tão bom dizer o que nos vai cá dentro, não é?
Beijinhos.
Licínia
Maurits Cornelis Escher é um grande senhor! Tal como os poetas é um criador de ilusões.
Pois é desculpe a intromissão mas a culpa é do meu namorado. Só que no blog dele (idolátrica) uso outro nome. Posso indicar-lhe três livros do Escher:
"Puzzle Book" , "Caleidociclos de M.C. Escher" e "M.C.Escher, Gravura e Desenhos", todos da Taschen. Voltar aqui, claro! Já está nos meus favoritos pelas suas belíssimas palavras e imagens. Parabéns e continue a postar.
Um abraço!
O desenho é fantástico e o poema lindo.
Bom fim de semana :)
Bjs
Que importa se as palavras parecem iguais?! Os sentimentos que as constituem são diferentes... cada um em cada momento. E... sabes, "sentir, sinta quem lê" como disse Fernando Pessoa!
:)
Obrigada novamente pela visita!
Volte sempre
belo!
as mãos já são por si só a poesia, falam, são mãos ...
beijinhos para ti
lena
Também fiquei encantada com a imagem destas mãos que desenham e se desenham.Achei-a fantástica para ilustrar este meu poema.Obrigada por terem passado por aqui
Um abraço
É um excelente ambigrama visual...por acaso já conhecia, mas as palavras acrescentaram algo de novo. bonito!!
bjs
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