Quero falar-te de Amor
como quem fala de favos de mel,
de cheiro a pão-de-ló acabado de fazer,
de um jarro de vinho quente açucarado.
Assim te contarei o Amor das coisas simples,
como simples são os gestos e os desenhos
que enchem os meus dias com as crianças.
Quero falar-te de Amor
como quem fala das acácias em flor,
das orquídeas que perfumam a ilha,
do aroma a alfazema nos campos da Provença.
Assim te contarei o Amor feito de beijos e de abraços
e daquelas pequenas alegrias quase ingénuas
que enfeitam as minhas madrugadas.
Quero falar-te de Amor
como quem fala de Anjos e da Mãe
e de almas que são irmãs e peregrinas
no caminho de regresso ao seu Pai.
Assim te contarei o Amor sublime,
inteiro e absoluto como a Luz,
e que é onda e mar e marinheiro neste navegar de caravela.
Só assim compreenderás o Amor
e dele farás hino e eco de Alegria.
Clotilde S. 5/09
Há cházinho fresco aqui e uma pequena homenagem. Estão convidados.