Não os reconheço na minha casa.
Os móveis calados
aqui aportados,
são apenas relíquias
equivocadas.
Falam-me, no entanto,
os bustos e os quadros,
de outras vidas,
mensageiros que são
de um tempo perdido.
Sei-lhes as histórias,
Os contornos e as cores.
Reconheço-lhes a patine
dos dias em que a casa grande
se enchia de rosas e
se abria para as festas.
Passei por lá há dias.
A palmeira secou
e o anjo do lago
chorava
a morte
do roseiral.
Como eu ainda choro
a morte do meu pai.
14 comentários:
*
como é bom
abrir as gavetas da memória,
no modo presencial,
enquanto ausente o sentir,
amiga,
nada se perde quando
a história existe,
e se a palmeira secou
é nostalgia
no pranto da saudade
feita anjo,
rosadas pétalas ,
que não secaram,
apenas escoltaram o teu PAI,
para o outro lado
misterioso da vida . . .
,
sentidas brisas, deixo-te,
,
*
Clotilde:
Belo, Belíssimo
É por isso que evito voltar a determinados lugares excepto quanto me apetece "mergulhar" na depressão (que também faz parte de um processo)
Beijo
João P.
Deixo-te um abraço...
(porque não tenho palavras)
Poeta,
Tens razão, amigo.
As memórias enriquecem-nos sempre.
E as pétalas, ainda que secas,relembram sempre uma flor viva.
Beijinho
João,
Há de facto momentos em que é forçoso enfrentar até aquilo que mais nos dói para melhor seguirmos em frente.
Beijinho
Maria,
Eu senti este teu abraço, amiga.
Beijinho para ti também.
Um abraço de carinho e de compreensão te deixo.
Também já passei por esses momentos em que tudo permanece vivo em nós e os objectos falam.
Necessários são esses momentos de silêncio.
As lágrimas são pureza e nelas se reflecte o sublime do que somos.
Teu amigo, Eduardo
Cara Amiga Clotilde,
Vim "aportar" a esta sua enseada, navegando entre blogues.
E deparou-se-me este poema das RELÍQUIAS, pelo qual lhe dou os meus parabéns.
Relíquias são recordações
Por vezes o peito inundam
Lembram a nossos corações
Que os amigos não abundam
Lembram-nos que o passado
Embora possa ter existido
Não deve ser tão focado
Pois isso é mesmo um perigo
Devemos viver o PRESENTE
Aquilo que acontece AGORA
Pois tudo o que se sente
É só vivido hora a hora
Um grande abraço
José António
PS.:
Se nos quiser visitar não deixe de ver os 3 blogues que a seguir indico:
POESIA VIVA
O CAMINHO DO CORAÇÃO
OBSERVATÓRIO
A saudade das memórias que nos ficam agarradas à pele...
Saudades,com perfume de rosas, das palavras e dos gestos que não esquecem.
Beijinho,Clotide.
A saudade...
Beijinho, Clo*
É verdade, amigo Eduardo
Estes momentos de saudade e de recordação, ainda que em silêncio, fazem parte de um processo de luto necessário.
Ficam sempre as lembranças queridas, daquele que foi o meu melhor amigo de sempre, o único homem que me amou incondicionalmente, um pai a sério.
Beijinhos e obrigada**
Isabel José
Grata pela visita.
Clotilde
Maripa,
Já são 8 anos de uma saudade grande.
Beijinho, minha querida**
Clotilde
Maria P.
Um abraço longo. Obrigada!
Clo*
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