Olhar fundo no profundo de mim
e ver apenas um rosto envelhecido num espelho quebrado.
Perdi as marés que sacudiam os dias,
os fogos abraçando os crepúsculos ,
os sonhos que a brisa me sussurrava nas noites.
Olhar fora para fora de mim
e ver apenas o cinzento chumbo da arma que um dia me matará.
Pássaro sem asas, árvore desfolhada, barco parado no rio, alma penada.
E este viver sem vida,
Dias desenhados a papel vegetal.
Amanhã, virá outro igual.
C.S.
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