domingo, novembro 01, 2009

Destino





Levo na alma as penas dos meus sonhos deplumados,
a gaivota ferida, a erosão das falésias das quimeras . Desilusão.

Levo na alma a casa que não tive mais o jardim de
hortênsias que perdi, a voz que me morreu.O Tempo.

Levo na alma os olhos que desenhei nas crateras lunares,
a voz e o sorriso que lhe inventei . A Noite.

Levo na alma as horas que esperei, os dias que contei,
a luz que se apagou. A Morte.

Levo na alma as promessas efémeras das borboletas,
alguns números ocultos e os segredos das letras que escrevi. Destino.

Mas porque é Domingo e chove,
deixarei as lágrimas dos dias escorrendo pela vidraça.
.
.
.

15 comentários:

angela disse...

Um domingo chuvoso estimula nossa melancolia.
beijos

poetaeusou . . . disse...

*
sentido poema,
profundo e triste
ou
verdadeiro, real,
não sei . . .
,
brisas derenas, deixo,
,
*

João Paulo Proença disse...

Clotilde:

Essa é uma nova faceta que desconhecia em ti!

Sempre tão "para cima"!

(mas que me diz muito...)

Beijo

João

Unknown disse...

As águas lavam as mágoas da vida.
Mas a vida é bela, Clo.
Então, vamos tomar um chàzinho?
Gosto mais do seu sorriso.
Mas respeito.
Há dias assim.
Mas o sol vem depois...
Um beijo do sempre amigo.

Anónimo disse...

Olá, amiga Clotilde ! Já estava sentindo saudade.
É muito bom compartilhar de seu cantinho.
Um pouco triste seu poema, mas a vida é assim, cada dia é um dia.
Desilução, noite, morte, destino...
mas também, esperanças, alegrias e lindas surpresas.
Como diz o amigo Ricardo Calmon "Viver é pura Magia"! Viva a vida !
Estou passando para lhe presentear com um selo - "Um pouco de mim em 05 revelações", que me foi dado pela amiga Maria Jose, e agora, estou lhe repassando com muito carinho.
Uma ótimo final de semana para ti.
Muitos beijos

Jorge Mesquita disse...

VALE UNIVERSAL


Amo a beleza tão inocente
Da flor no deserto desta esperança
Que nasceu entre o pó e a aliança
Da luz que ilumina qualquer semente

E o riso que só uma criança sente.
Ouço a trova que o vento canta e dança
Celebrando a alegria que balança
Entre os corpos da pureza contente

E as nascentes da vida natural
Que erguem ao Mundo a beleza coral
Que cobre as areias da infância

E acende os acordes da elegância
Aos passos que são ritmos de fragrância
Na rotação do vale universal

Oeiras, 19/09/2009 – Jorge Brasil Mesquita

www.comboiodotempo.blogspot.com

angela disse...

Tem um selo para voc^r rm mru blog.
beijo

MARIPA disse...

Desilusão.O Tempo.A Noite.
A Morte.Destino.

Por vezes chove dentro de nós... lágrimas a molhar as asas das borboletas que nos habitam em dias de domingo...mas o sol, escondido para lá das nuvens, brilhará de novo...

Beijo,querida Clo. E o meu carinho.

Clotilde S. disse...

Muito obrigada a todos pela vossa presença. Dias de Novembro são por vezes assim, quando nos lembramos ainda com maior saudade dos que partiram.
Vale-nos o Natal que se aproxima e com ele a Alegria e o Amor!

bem hajam!

Clo

Pitanga Doce disse...

Domingo com chuva só se for em muito boa companhia!

poetaeusou . . . disse...

*
por onde anda
esta menina ?
,
conchinhas,
,
*

MARIPA disse...

Vim deixar um beijinho...

Anónimo disse...

Oi Clotilde,

Profundamente melancólico..., não menos lindo...

Beijos, bom final de semana e estou lhe aguardando para um café e um papinho gostoso,
Ana Lúcia.

Maria disse...

Fazes falta.
Deixo-te um abraço...

minhas imagens disse...

Gostei do seu blog e da forma como trabalha com textos reflexivos.
Obrigada!