La Fontaine - Bouguereau
Enquanto saboreio Ary dos Santos,
e admiro Pessoa mais a prosa de Quental,
leio em Florbela o espelho dos meus prantos.
Nomes fortes que enobrecem Portugal,
este rio no qual navego, minha raiz.
São os grandes deste pequeno país,
as minhas fontes de água pura, manancial!
Pergunto-me que faço aqui frente ao papel.
Pobre artesã de pedra tosca sem cinzel,
meus parcos versos são rabiscos a carvão.
Pois se não sei das Musas nem da Arte,
como poderei cantar por toda a parte,
com a força que em Camões foi perfeição?
13 comentários:
Gostei deste soneto, Clotilde. Falas de alguns dos Maiores da língua portuguesa.
Um beijo
Um bonito soneto, culto, inteligente...
Que tenhas uma nova semana muito feliz.
beijo
Que fazes aí frente ao papel? Fazes arte e da maior, como neste soneto brilha e nos encanta. E tens a humildade , apanágio de gente grande!
Beijo.
Olha: já te respondi no meu blogue ao teu comentário: passo a partir de agora a respomder no meu blogue, independentemente de ir visitar os outros.
Maria,
São tantos os nossos Grandes!
Quem me dera poder cantá-los a todos!
Beijo para ti e votos de uma Boa semana.
Sonia,
Obrigada pela visita e pelo comentário tão gentil.
Boa semana para ti também!
Beijo *
Eduardo,
Esforço-me por fazer algo que, no mínimo, se possa ler.
És sempre demasiado generoso nos teus comentários, meu amigo, mas agradeço de todo o coração.
Quanto à humildade, vem do facto de conhecer as minhas próprias limitações.
Om Shanti!*
Clotilde:
É um bonito soneto. Bonito mesmo!
Gostei
Bjs
João
.. e nas fontes bebe a inspiração para um bonito soneto a exaltar alguns dos nossos maiores poetas.
Beijinho,Clotilde.
*
Óh … que galeria de inspiração
a TUA, misturada com os VATES,
de Ary o metafórico, quando diz,
Original é o poeta
que chega ao despudor
de escrever todos os dias
como se fizesse amor . . .
no lirismo de Antero de Quental,
vem a mim esotérico Pessoa
que nunca perdoaste de
não teres sido marinheiro . . .
Espanca, Florbela,
quem sonhar não ousa . . .
ao Camões o VATE, omnipresente,
e traz-me Clotilde, a nossa Sophia,
esta é a madrugada que eu esperava
o dia inicial inteiro e limpo
onde emergimos da noite e do silêncio
e livres habitamos a substância do tempo,
,
Conchinhas de ternura, deixo,
,
*
João,
tenho muitos sonetos na gaveta.
Este data de 1997, mas já o reescrevi várias vezes.
Ainda bem que aprecias este género.
beijinhos
Maripa,
Que seríamos nós sem fontes?
Pobres almas sedentas.
Beijinhos
Poeta,
Este teu comentário, tão ricamente ilustrado, merecia um post.
Obrigada pelas ofertas que me trazes do mar.
beijinho
Há quanto tempo não passava por aqui.
Gostei deste soneto, Clô!
Alegria!
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