quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Das minhas ondas


Queria encontrar-te nos caminhos das pedras,
na aresta aguçada de uma perdida falésia,
no rolar dos seixos, sempre que a maré sobe.

Mas existe este espaço infinito entre nós,
feito de areias finas e de águas turquesas...

Invento-te na centrifugação das minhas ondas.
Busco-te ali, onde sei que não te encontras. Ainda...







quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Poema primeiro





Poder inventar-te assim.

Na esperança de percorrer os labirintos obscuros do teu corpo.

Tuas. A voz, a derme, a expressão dolorosa duma carne.

Adivinho no teu sangue um rio longínquo,
escarlate foz no coração.

Mortalmente ferida, mas respirando ainda,
dispo-me de mim na solidão das luas.

Poder inventar-te assim.

Perdido.
Ignoto.
Absoluto.
Amor.
Meu Poema primeiro e Sonho último!

Recriar-te nos caminhos flamejantes da paixão.
Nas vias sempre em crescendo dos teus gestos.

Mas há um vazio de ti, neste poema.
Ausentes que estão os movimentos circulares e lentos do desejo.

E eu continuarei a buscar-te enfeitada de palavras,
no aconchegante sortilégio da minha rima.


sexta-feira, fevereiro 08, 2008

A Força

A Força revela-se pelo
poder do Silêncio.

Sem gritos.
Sem armas.
Sem feridas.