sexta-feira, maio 19, 2006

Sempre a escrever o mesmo


Imagem: Drawing Hands de M. C. Escher
Olho para estas minhas mãos pequenas;
a avó pegava nelas e dizia,
que mãos tão pequeninas, à vista das minhas grandes manápulas...
São estas mãos já gastas
de sempre escrever o mesmo,
de sempre desenhar o mesmo,
de sempre pintar o mesmo !
Mãos! Ó mãos , para que vos quero?
Sempre a desenhar o mesmo círculo,
na infindável espiral do Sonho!
Cala-te poeta !
Que as tuas mãos são loucas!
As tuas palavras, roucas !

9 comentários:

Licínia Quitério disse...

Olá, vizinha concelhia! É tão bom dizer o que nos vai cá dentro, não é?
Beijinhos.
Licínia

Isabel disse...

Maurits Cornelis Escher é um grande senhor! Tal como os poetas é um criador de ilusões.

Isabel disse...

Pois é desculpe a intromissão mas a culpa é do meu namorado. Só que no blog dele (idolátrica) uso outro nome. Posso indicar-lhe três livros do Escher:
"Puzzle Book" , "Caleidociclos de M.C. Escher" e "M.C.Escher, Gravura e Desenhos", todos da Taschen. Voltar aqui, claro! Já está nos meus favoritos pelas suas belíssimas palavras e imagens. Parabéns e continue a postar.
Um abraço!

isabel disse...

O desenho é fantástico e o poema lindo.

Bom fim de semana :)

Bjs

Eli disse...

Que importa se as palavras parecem iguais?! Os sentimentos que as constituem são diferentes... cada um em cada momento. E... sabes, "sentir, sinta quem lê" como disse Fernando Pessoa!

:)

Hortência disse...

Obrigada novamente pela visita!
Volte sempre

lena disse...

belo!
as mãos já são por si só a poesia, falam, são mãos ...

beijinhos para ti


lena

Clotilde S. disse...

Também fiquei encantada com a imagem destas mãos que desenham e se desenham.Achei-a fantástica para ilustrar este meu poema.Obrigada por terem passado por aqui
Um abraço

Brisa Intermitente disse...

É um excelente ambigrama visual...por acaso já conhecia, mas as palavras acrescentaram algo de novo. bonito!!

bjs